quarta-feira, 17 de novembro de 2010

INSUFICIÊNCIA RENAL

Tratamentos


Há vários tipos de tratamento para substituir a função renal. E o melhor modo para descobrir qual será o tratamento adequado, será observando como está as condições clínicas de cada paciente, pode haver preferência entre um ou outro método, mas quem decide qual o melhor tratamento é o médico, em conjunto com o paciente e sua família, de acordo com seu quadro clínico e estilo de vida.
Em um dos tipos está o tratamento conservador, é adotado para os pacientes que ainda tem o que chamamos de função residual. Este tratamento tem o objetivo de retardar o inicio da terapia dialítica por meio de suporte médico, nutricional e medicamentoso.
Terapia renal substitutiva (hemodiálise ou diálise peritoneal).
A hemodiálise é o método de diálise mais utilizado em todo o mundo. Ele envolve o desvio de sangue do organismo do doente para um dialisador no qual ocorre a difusão e a ultrafiltração e depois reencaminha para a circulação do doente.
A hemodiálise é um procedimento que filtra o sangue. Através da hemodiálise são retiradas do sangue substâncias que quando em excesso trazem prejuízos ao corpo, como a uréia, potássio sódio e água.
A hemodiálise é feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro). O dialisador é formado por um conjunto de pequenos tubos chamados "linhas". Durante a diálise, parte do sangue é retirado do corpo, passa através da linha em um lado, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha do lado oposto. Atualmente tem havido um grande progresso em relação a segurança e a eficácia das máquinas de diálise, tornando o tratamento bastante seguro. Existem alarmes que indicam qualquer alteração que ocorra no sistema.
                                                                                              
           

                       
Dialisador                                                                     Diálise                                               
   

Em geral, a hemodiálise é feita três vezes por semana, com duração de quatro horas cada sessão. Podem existir variações neste tempo de acordo com o tamanho e a idade do paciente, assim como em uma mulher grávida. Adultos de grande porte podem necessitar de um tempo maior. Atualmente, podemos medir a quantidade de diálise e podemos mudar essa quantidade, aumentado ou diminuindo o tempo de diálise, o número de sessões semanais, o fluxo de sangue ou o tamanho do dialisador. O médico é quem determina a quantidade de hemodiálise que o paciente precisa de acordo com o estado de atividade do corpo, da alimentação e ingestão de líquidos. O objetivo do tratamento é que o paciente esteja sempre se sentindo bem, bem nutrido, livre de inchaços, com a pressão controlada e com os exames de sangue mostrando quantidade aceitável de potássio, uréia, etc.
A hemodiálise é feita por um tubo (cateter) que é colocado em uma veia grossa que é o acesso vascular para hemodiálise. É o que permite a retirada e a devolução do sangue para a pessoa. O tipo mais freqüente de acesso vascular é a fístula. Consiste numa ligação entre uma artéria e uma veia através de uma pequena cirurgia.Esta ligação permitirá a colocação de duas agulhas por onde o sangue sairá para o dialisador e depois será devolvido para a pessoa.

 




Fístula Arteriovenosa


Os medicamentos usados na hemodiálise são algumas vitaminas pois durante o tratamento perde-se, e a ingestão de vitaminas repõe o seu nível. O acetato ou Carbonato de Cálcio, vai fornece um suplemento de cálcio, além de evitar a absorção do fósforo e diminui a acidose do sangue. Reduzindo a absorção de fósforo evita-se a doença óssea do doente renal. Eritropoetina, aumentará a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea e corrigirá a anemia. Os anti-hipertensivos, será usado pelos pacientes com hipertensão arterial que não baixa depois da sessão. Quaisquer desses medicamentos, só deverá ser utilizado conforme orientação médica.
A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa, descalcificação, desnutrição, hepatite, aumento do peso por excesso de água ingerida e complicações das doenças que o paciente é portador. Por isso, os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise.
Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição.
Na Diálise Peritoneal, não ocorre à circulação extracorpórea do sangue. O filtro é uma membrana do próprio organismo chamada peritônio, que reveste toda a cavidade abdominal. Neste processo uma solução de diálise é infundida na cavidade peritoneal e ocorre o transporte transcapilar de água e solutos através do peritônio, o qual funciona como uma membrana natural impermeável.  A solução permanece por um período necessário para que se realizem as trocas. Cada vez que uma solução nova é colocada dentro do abdômen e entra em contato com o peritônio, ele passa para a solução todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo, realizando a função de filtração, equivalente ao rim.
Para realizar a mesma função de um rim normal trabalhando durante quatro horas, são necessárias 24 horas de diálise peritoneal ou 4 horas de hemodiálise.
A diálise peritoneal realizada no hospital é planejada segundo as necessidades do paciente, tendo em vista a situação da insuficiência renal terminal.
A diálise também pode ser realizada no domicílio do paciente, em local limpo e bem iluminado. O próprio paciente introduz a solução na cavidade abdominal, fazendo três trocas diárias de quatro horas de duração e, depois de drenada, nova solução é introduzida e assim por diante. Dependendo do caso, pode permanecer filtrando durante a noite.
Usando qualquer um dos tipos de tratamento em substituição ao funcionamento normal do rim, o organismo se manterá em equilíbrio se o paciente seguir uma dieta adequada, fizer uso correto das medicações prescritas e seguir as orientações fornecidas pelo seu centro de diálise. Consulte um médico a respeito do melhor tratamento indicado em cada caso particular.

O Transplante Renal é a substituição dos rins doentes por um rim saudável de um doador. É o método mais efetivo e de menor custo para a reabilitação de um paciente com insuficiência renal crônica terminal.
Um cirurgião coloca o novo rim dentro de seu corpo entre a parte superior da coxa e o abdômen. O cirurgião conecta a artéria e veia do novo rim em sua artéria e veia. Seu sangue flui pelo novo rim e produz urina, da mesma maneira como faziam seus próprios rins quando eram saudáveis. O novo rim pode começar a trabalhar imediatamente ou pode levar algumas semanas para funcionar. Seus próprios rins permanecem onde eles estão, a menos que estejam causando infecção ou hipertensão.
O rim pode ser doado por um membro de sua família. Este tipo de doador é chamado de doador vivo-relacionado. Também por uma pessoa que morreu recentemente. Este tipo de doador é chamado um doador cadáver. Um cônjuge ou o amigo muito íntimo pode doar também, este tipo de doador é chamado de doador vivo-não relacionado.
É muito importante que o sangue e tecidos do doador sejam compatíveis. Esta compatibilidade ajudará a impedir que o sistema imunológico de seu organismo passe a agredir, ou rejeitar, o novo rim. Com isso haverá testes especiais nas células sanguíneas para descobrir se seu corpo aceitará ou não o novo rim.
O tempo que leva para se conseguir um rim varia. Não há número suficiente de doadores cadáver para todas as pessoas que precisam de um transplante. Por causa disto, você deve ser colocado em uma lista de espera para receber um rim de doador cadáver. Porém, se um parente lhe doa um rim, o transplante pode ser feito mais cedo.
A cirurgia dura de 3 a 6 horas. A permanência habitual no hospital pode durar de 05 a 10 dias. Depois que você deixa o hospital, você irá para o ambulatório para visitas de acompanhamento regulares.
Se um parente ou amigo íntimo lhe doa um rim, ele ou ela provavelmente ficará no hospital durante uns 03 ou 04 dias.
O transplante não é uma cura. Sempre há uma chance de seu organismo rejeitar seu novo rim, não importa quão boa foi a compatibilidade. A chance de seu corpo aceitar o novo rim depende de sua idade, raça, e condições clínicas.
Normalmente, 75 a 80 por cento de transplantes de doadores cadáver estão funcionando um ano depois de cirurgia. Porém, transplantes de parentes vivos funcionam freqüentemente melhor do que transplantes de doadores cadáver. Isso ocorre porque eles normalmente tem uma melhor compatibilidade.
Seu médico lhe dará drogas especiais para ajudar a prevenir a rejeição. Esses medicamentos são chamados imunosupressores, que precisará tomar diariamente para o resto de sua vida.

Após a cirurgia, iniciam-se os cuidados médicos que vão durar para toda a vida do transplantado. Exames clínicos e laboratoriais são feitos diariamente durante os primeiros 15 a 30 dias, depois duas vezes por mês. Os três primeiros meses são os mais difíceis e perigosos, porque é o período no qual ocorre o maior número de rejeições e complicações infecciosas.         A partir do terceiro mês, iniciam-se os exames mensais durante 6 meses. E o controle vai se espaçando conforme a evolução clínica e o estado do rim. Nunca, sob hipótese alguma, o paciente pode interromper ou modificar a medicação, ou deixar de fazer os exames indicados. É uma obrigação para o resto da vida. Uma falha pode ser fatal. A crise de rejeição pode ocorrer a qualquer momento, mesmo após muitos anos de um transplante bem sucedido. 


Mais informações sobre transplante é só acessar:
Manual de Transplante.
http://www.abto.org.br/abtov02/portugues/profissionais/biblioteca/pdf/manual_transplante_rim.pdf

Outras informações no site
 http://portal.saude.gov.br

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